Vereadores de Fortaleza iniciam ciclo de atividades na Câmara Municipal nesta segunda
29/01/2025
A sessão solene contará com discurso do presidente da Casa, vereador Leo Couto, e do prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão. Vereadores de Fortaleza iniciam atividades na Câmara Municipal nesta segunda
CMFor/Reprodução
A Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) dará início ao primeiro período legislativo de 2025 com uma sessão solene na próxima segunda-feira (3). A programação, que celebra o retorno das atividades parlamentares, começa às 9h na Praça Barros Pinho, em frente à sede da Casa legislativa, com o tradicional hasteamento da bandeira nacional.
Logo após, os vereadores seguem para o Plenário da Casa, onde serão proferidos os discursos de abertura. O presidente da Câmara Municipal, vereador Leo Couto (PSB), fará o discurso inicial, destacando as prioridades e expectativas para o ano legislativo de 2025.
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Na sequência, o prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT) apresentará um balanço do primeiro mês de sua gestão e entregará a mensagem com o plano de governo para a cidade. O documento trará os principais eixos de atuação e as metas para o desenvolvimento da Capital.
A CMFor convidou a população a acompanhar o momento simbólico, que marca o início de mais um ciclo de debates e votações para avanço das políticas públicas da cidade.
Para este período legislativo, 17 vereadores de Fortaleza (do último mandato) não foram reeleitos — dois deles não concorreram. Em contrapartida, 26 parlamentares retornam à Câmara Municipal para um novo mandato. Isso representa uma renovação de 40% da Casa legislativa de Fortaleza.
Novo presidente
Vereador Léo Couto, presidente da Câmara Municipal de Fortaleza.
Thiago Gadelha/SVM
O vereador Léo Couto foi eleito o novo presidente da Câmara pelos próximos dois anos. Ele substitui o vereador Gardel Rolim (PDT), que foi presidente no biênio 2023-2024.
Léo Couto concorreu com chapa única, que recebeu o voto de 37 dos 43 vereadores. Na mesma votação foram eleitos os outros vereadores que vão compor a Mesa Diretora da Câmara, ao lado de Couto.
A Mesa Diretora tem como atribuição dirigir os trabalhos legislativos e administrar a Câmara. Já o presidente tem a função de liderar a atuação da Mesa, pautar a Câmara e atuar como representante do Legislativo municipal.
A chapa encabeçada por Léo Couto conta com membros de outros sete partidos: PT, PDT, PP, DC, Avante, PRD e Republicanos.
Confira a composição da Mesa Diretora para o biênio 2025-2026:
Presidente: Léo Couto (PSB)
1º vice: Adail Júnior (PDT)
2º vice: Luciano Girão (PDT)
3º vice: Marcos Paulo (PP)
1ª Secretária: Carla Ibiapina (DC)
2ª secretária: Ana Aracapé (Avante)
3º secretário: Professor Aguiar Toba (PRD)
1ª vogal: Ronaldo Martins (Republicanos)
2ª vogal: Pedro Matos (Avante)
3ª vogal: Professora Adriana Almeida (PT)
Cenário entre prefeitura e vereadores
Câmara Municipal de Fortaleza
CMFor/Divulgação
Evandro Leitão (PT) deve iniciar o mandato com uma oposição fortalecida na Câmara Municipal, mas com fortes chances de atrair aliados para a base governista, conforme análise do comentarista de política do Sistema Verdes Mares, Inácio Aguiar.
Entenda cenário que Evandro Leitão, prefeito eleito em Fortaleza, terá na Câmara em 2025
A nova composição da Câmara Municipal traz uma mescla de desafios e oportunidades para o novo prefeito.
No primeiro turno das eleições do ano passado, 15 vereadores da coligação de Evandro foram eleitos. Como a cidade tem um total de 43 vereadores, isso significa que o petista não teria maioria numérica na Câmara a partir deste primeiro resultado.
Evandro Leitão é eleito prefeito de Fortaleza.
Thiago Gadelha/ Sistema Verdes Mares (SVM)
Como aponta Inácio Aguiar, este cenário ficou mais favorável a Evandro entre o primeiro e o segundo turno, quando a coligação do petista conseguiu o apoio de mais vereadores e chegou a ter um total de 24 parlamentares. Desta forma, uma maioria simples está formada por enquanto.
O comentarista ressalta, ainda, que o período de transição entre as duas gestões municipais vai envolver uma negociação entre os partidos para consolidar este cenário. O prefeito eleito é o atual presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, e a experiência como parlamentar estadual deve ajudar na relação com a Câmara de Fortaleza.
“O Evandro Leitão tem um perfil, uma postura muito marcada lá na Assembleia [Legislativa do Ceará] pela capacidade de dialogar com os diferentes partidos. Isso dito, inclusive, pelas legendas de oposição lá na Assembleia. Então, é muito provável que o Evandro comece essa negociação e que o governo dele tenha condição de fazer mais adesão de vereadores”, analisa Inácio Aguiar.
Outro ponto a ser definido é a escolha de um novo presidente para a Câmara Municipal. Caso a base de Evandro consiga indicar e eleger um aliado para esta posição, o novo prefeito terá uma conjuntura favorável para a aprovação de projetos.
Oposição fortalecida
Dentre os desafios apontados para a atuação do novo prefeito, está o fortalecimento da oposição entre os parlamentares eleitos. O PL, por exemplo, elegeu cinco vereadores, enquanto o União Brasil terá dois vereadores na Casa. Conforme Inácio, esta oposição deve ser mais aguerrida no mandato de Evandro.
Uma possibilidade para o petista é atrair os vereadores eleitos pela coligação do atual prefeito, José Sarto (PDT). Isso porque, dos 18 vereadores que conseguiram estas vagas, 12 apoiaram André Fernandes e seis migraram para apoiar Evandro no segundo turno.
Atuação de vereadores nos bairros
Inácio Aguiar enfatiza também que os vereadores vinculam sua atuação a bairros e comunidades da capital. Por isso, a cobrança destes eleitores para que os parlamentares entreguem serviços e melhorias, sendo intermediários entre as comunidades e a Prefeitura, pode fazer com que eles se agrupem em torno da base governista.
“É isso que acontece em Fortaleza, é isso que acontece na maioria das cidades brasileiras e é isso que acontece, inclusive, no Congresso Nacional, em que o governo Lula foi eleito com uma minoria e conseguiu, de alguma maneira, equilibrar a balança, os pratos lá no jogo do parlamento na Câmara e no Senado”, analisa.
Desta forma, as dificuldades de Evandro por conta de uma oposição mais forte podem ser compensadas se houver mais adesão à base do novo prefeito.
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